Nós, no raro café, sempre nos sentávamos numa mesa onde em que existia outra por baixo da mesma na qual nos deitávamos e começávamos a conversar. Muito embora houvesse entre a gente um cano que mantinha mesa de cima pendente era nossa estratégia de se aproximar. Havia um buraco onde o café passado a vácuo era colocado para nos banhar. O garçom já cansado servido do café cheiroso na gente e eu nem dizia, ai tá muito quente, e as feridas nasceram dormentes. Queres levantar? Nessa pergunta se decide passar açúcar e começa a me coçar. Raspa este elemento acessório que faz parte de todo empório:"Forneço gosto mas não sou a coisa em si. How do you know me?" Se a minha brancura associada a espessura da tua pele te repele te repele. Se queres ser um adoçante. Se queres atingir a forma que retorna sem ser mero acompanhante. Passe café por mim.

Comments

ana rüsche said…
o texto tá lindo. li umas 4 vezes agora.

(e vc foi ótima: adoro gente que aceita convite fácil).

beijinho
bio said…
ana queriuda,
to adorando isso!
amanhã mando proposta pra super coisa.
beijos